The Fort Worth Press - Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal

USD -
AED 3.672503
AFN 66.379449
ALL 81.856268
AMD 381.460091
ANG 1.790403
AOA 917.000283
ARS 1450.475403
AUD 1.490746
AWG 1.80025
AZN 1.701292
BAM 1.658674
BBD 2.014358
BDT 122.21671
BGN 1.65906
BHD 0.377073
BIF 2957.76141
BMD 1
BND 1.284077
BOB 6.926234
BRL 5.522397
BSD 1.00014
BTN 89.856547
BWP 13.14687
BYN 2.919259
BYR 19600
BZD 2.011466
CAD 1.36694
CDF 2200.000303
CHF 0.788621
CLF 0.023084
CLP 905.420082
CNY 7.028501
CNH 7.00766
COP 3730.1
CRC 499.518715
CUC 1
CUP 26.5
CVE 93.513465
CZK 20.5957
DJF 178.0959
DKK 6.341435
DOP 62.690023
DZD 129.430953
EGP 47.541401
ERN 15
ETB 155.604932
EUR 0.84898
FJD 2.269203
FKP 0.741553
GBP 0.7408
GEL 2.684998
GGP 0.741553
GHS 11.126753
GIP 0.741553
GMD 74.499188
GNF 8741.153473
GTQ 7.662397
GYD 209.237241
HKD 7.776349
HNL 26.362545
HRK 6.394897
HTG 130.951927
HUF 329.999499
IDR 16739.65
ILS 3.185845
IMP 0.741553
INR 89.775296
IQD 1310.19773
IRR 42124.999466
ISK 125.649825
JEP 0.741553
JMD 159.532199
JOD 0.709027
JPY 155.749033
KES 128.950012
KGS 87.450247
KHR 4008.85391
KMF 417.999727
KPW 900.017709
KRW 1447.220162
KWD 0.30722
KYD 0.833489
KZT 514.029352
LAK 21644.588429
LBP 89561.205624
LKR 309.599834
LRD 177.018844
LSL 16.645168
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.412442
MAD 9.124909
MDL 16.777482
MGA 4573.672337
MKD 52.243841
MMK 2099.828827
MNT 3555.150915
MOP 8.011093
MRU 39.604456
MUR 45.950189
MVR 15.449876
MWK 1734.230032
MXN 17.91799
MYR 4.045033
MZN 63.909822
NAD 16.645168
NGN 1450.410302
NIO 36.806642
NOK 9.98755
NPR 143.770645
NZD 1.7129
OMR 0.3845
PAB 1.000136
PEN 3.365433
PGK 4.319268
PHP 58.777502
PKR 280.16122
PLN 3.57687
PYG 6777.849865
QAR 3.645469
RON 4.321598
RSD 99.663986
RUB 79.001333
RWF 1456.65485
SAR 3.75061
SBD 8.153391
SCR 13.903621
SDG 601.491784
SEK 9.16645
SGD 1.28398
SHP 0.750259
SLE 24.075001
SLL 20969.503664
SOS 570.585342
SRD 38.335503
STD 20697.981008
STN 20.777943
SVC 8.75133
SYP 11056.879194
SZL 16.631683
THB 31.106089
TJS 9.19119
TMT 3.51
TND 2.909675
TOP 2.40776
TRY 42.847155
TTD 6.803263
TWD 31.434031
TZS 2473.446983
UAH 42.191946
UGX 3610.273633
UYU 39.087976
UZS 12053.751267
VES 288.088835
VND 26312.5
VUV 121.140543
WST 2.788621
XAF 556.301203
XAG 0.014049
XAU 0.000224
XCD 2.70255
XCG 1.802508
XDR 0.691025
XOF 556.303562
XPF 101.141939
YER 238.449761
ZAR 16.661815
ZMK 9001.199718
ZMW 22.577472
ZWL 321.999592
Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal
Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal / foto: © AFP

Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal

O partido de extrema direita Chega tornou-se oficialmente a segunda maior força política de Portugal, ao superar o Partido Socialista nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio graças aos votos do exterior, segundo os resultados definitivos publicados na quarta-feira.

Tamanho do texto:

O partido liderado por André Ventura havia empatado com 58 cadeiras com o Partido Socialista na apuração provisória, mas venceu em duas das quatro circunscrições no exterior, cujos resultados ainda não haviam sido publicados.

Com o resultado definitivo, o Chega obteve 22,76% dos votos e 60 cadeiras no Parlamento nas legislativas vencidas pela Aliança Democrática (AD, centro-direita) do primeiro-ministro Luis Montenegro.

A aliança de centro-direita venceu nas outras duas circunscrições do exterior e chegou a 91 deputados, muito distante dos 116 necessários para formar um governo.

"É uma grande vitória", disse o fundador e líder do Chega, André Ventura. "Marca uma mudança profunda no sistema político português", celebrou.

Com os resultados já publicados, Montenegro tentará formar um governo em minoria. O primeiro-ministro garantiu que não vai trabalhar com o Chega, embora Ventura insista que ele deve "romper" com os socialistas.

"Portugal se movimenta de maneira alinhada com a tendência europeia rumo a um voto de protesto e um sentimento contra o 'establishment'", afirmou Paula Espírito Santo, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

- "Missão divina" -

O apoio à legenda de extrema direita aumentou a cada eleição desde que o partido foi fundado em 2019 por este ex-seminarista, que também foi comentarista de futebol na televisão.

Naquele ano, o Chega recebeu 1,3% dos votos nas eleições gerais, conquistando a primeira cadeira no Parlamento para um partido de extrema direita em Portugal desde a Revolução dos Cravos, que acabou, em 1974, com décadas de ditadura de direita.

Nas eleições gerais seguintes, em 2022, o Chega virou a terceira força parlamentar. E no ano passado, quadruplicou o número de cadeiras no Parlamento, com 50, e consolidou seu lugar no cenário político português.

A legenda propõe políticas como aplicar a castração química a pedófilos, limitar o acesso dos recém-chegados aos benefícios do Estado de bem-estar ou impor controles mais rigorosos à migração.

Ventura compareceu à cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro e recebeu apoio do ex-presidente de extrema direita brasileiro Jair Bolsonaro.

Ele fala de recuperar o respeito para a polícia e protestou nas ruas com o Movimento Zero, um grupo de policiais insatisfeitos com supostos vínculos extremistas que exigem salários e condições de trabalho melhores.

"Na política é necessário ser diferente. Eu queria ser diferente", disse uma vez Ventura, que assegura estar cumprindo uma "missão divina".

- "Mudança fundamental" -

Após a divulgação dos resultados preliminares na semana passada, o líder do Chega declarou que o Chega superaria o Partido Socialista.

"Nada será igual outra vez", gritou para seus seguidores, que cantavam "Portugal é nosso e sempre será".

A analista Paula Espírito Santo considera o resultado "uma mudança fundamental".

"Não podemos dizer que o Chega perderá espaço nos próximos anos... Parece mais que o Chega está aqui para permanecer por algum tempo", afirma.

Embora alguns de seus eleitores certamente "apoiem as soluções radicais e contra as elites" do partido, outros podem ter votado no Chega "devido à erosão dos partidos tradicionais".

O futuro do Partido Socialista, que governou o país até abril do ano passado, é "imprevisível", afirma a analista.

Seu líder, Pedro Nuno Santos, um economista de 48 anos, anunciou que deixaria o comando do partido após a publicação dos resultados iniciais.

Durante o governo socialista anterior, Portugal virou um dos países da Europa mais abertos aos migrantes. Entre 2017 e 2024, o número de residentes estrangeiros quadruplicou e agora representa 15% do total da população.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, deve se reunir nesta quinta-feira com os líderes dos três principais partidos e nomear um novo primeiro-ministro.

M.Delgado--TFWP