The Fort Worth Press - Tornando possível o "quase impossível": o duplo recorde mundial do skatista brasileiro Sandro Dias

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Tornando possível o "quase impossível": o duplo recorde mundial do skatista brasileiro Sandro Dias
Tornando possível o "quase impossível": o duplo recorde mundial do skatista brasileiro Sandro Dias / foto: © AFP

Tornando possível o "quase impossível": o duplo recorde mundial do skatista brasileiro Sandro Dias

Uma descida vertiginosa por uma rampa de 70 metros de altura, com 60 metros de queda. Uma velocidade de 103,8 km/h. A lenda do skate brasileiro Sandro Dias comemora ter tornado possível o que parecia "quase impossível", com um duplo recorde mundial com o qual sonhava há anos.

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A descida de Dias na quinta-feira (25) pela rampa monumental construída na fachada curva do prédio do CAFF, um dos emblemas de Porto Alegre, durou 8 segundos, um momento fugaz que coroou um projeto concebido há mais de uma década.

O Guinness World Records certificou os recordes estabelecidos em um skate: o 'drop' da maior altura e a maior velocidade já alcançada.

"Temos um prédio icônico aqui [em Porto Alegre], que parece muito com um 'quarter pipe' de skate. A primeira vez que eu vi ele pessoalmente foi nos anos 80, quando eu vim competir como amador aqui na região metropolitana de Porto Alegre (...), eu passei na frente e eu era uma criança. E na imaginação, qualquer skatista que olha para aquilo já fala: 'Nossa, parece um quarter pipe'!'", lembrou Dias, de 50 anos, em entrevista à AFP nesta sexta-feira.

Ele não pensou seriamente no assunto até que, há 13 anos, teve a oportunidade de apresentar o projeto à Red Bull, sua patrocinadora: um "drop" no CAAF.

"Todos adoraram o projeto", disse Mineirinho, como é conhecido no mundo do skate, por videoconferência.

"Na minha cabeça era uma coisa possível de realizar, mas quase impossível de realizar o projeto por conta da grandiosidade, por conta de custo", acrescentou o atleta seis vezes campeão mundial e medalhista de ouro nos X-Games.

- "Não deixei o medo em minha cabeça" -

No entanto, desafios logísticos e financeiros atrasaram o projeto até que há três anos ele recebeu o sinal verde.

"Na época eu devia ter uns 47 anos e estava quase chegando aos meus 50 e nunca tinha entrado numa academia para fazer nada, a não ser para fazer fisioterapia quando eu me machucava", disse ele, rindo. "Eu sabia que precisava preparar meu corpo".

Os treinos se intensificaram no início do ano, com coletes carregados com pesos para simular os efeitos da força G (gravitacional), a mesma sentida na cabine durante a decolagem de um avião e que ele enfrentaria durante a descida.

Em seu skate, ele também se deixou empurrar por um carro para emular a velocidade que atingiria.

Durante o 'drop' de quinta-feira do prédio de 22 andares, Dias suportou uma força G de 3,9 g, submetendo seu corpo de 68 kg a uma pressão quase quatro vezes maior que o seu peso.

"Treinei muito (...). Sabia que, acontecesse o que acontecesse, não seria mais do que eu estava preparado para suportar", disse Dias, que chegou a 136 km/h em seus treinos com a ideia de ultrapassar os limites para evitar surpresas.

Junto com o trabalho físico, a preparação mental era crucial: "As pessoas falam que eu estava com medo. Eu não deixei o medo em minha cabeça e estava preparado".

Ele tinha um mantra que o ajudava a se concentrar, uma série de palavras que ele repetia a cada 'drop' de preparação.

"Eu sempre estava virado para o sol (...) Achava que o sol podia me trazer mais energia" e a cada vez que se virava na direção do astro "eu tinha algumas palavras: 'eu inventei, eu convenci a Red Bull e eu me preparei".

Não foi diferente ao saltar da rampa elevada em Porto Alegre.

"Chegou o momento, vai que você pode. São somente oito segundos", disse ele a si mesmo.

- "Nunca vou deixar o skate" -

Ao final da descida, após três testes preliminares de aumento progressivo de altura, Dias levantou os braços antes de atingir os protetores de colisão colocados no final da rampa, semelhantes aos usados nas corridas de MotoGP.

Ele havia feito história.

Alguns disseram que poderia ser a despedida perfeita para uma lenda do skate.

Não é bem assim: ainda há tempo para tornar novas ideias malucas realidade, mesmo que pareçam impossíveis.

"Aposentadoria? Isso não passa na minha cabeça de jeito nenhum (...) E tem muita coisa por vir. O skate me movimenta. O skate é a minha vida e a coisa que eu mais amo fazer".

"Nunca vou parar de andar de skate".

T.Harrison--TFWP