The Fort Worth Press - Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas

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Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas
Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas / foto: © AFP

Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas

O peso argentino caiu nesta sexta-feira (17), apesar do apoio bilionário dos Estados Unidos ao governo de Javier Milei, em meio a temores de uma desvalorização que levam os argentinos a antecipar compras, adiar projetos ou adquirir dólares a nove dias das eleições legislativas.

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Enquanto Mariana Rodríguez, publicitária de 34 anos, cogita comprar uma televisão "antes das eleições e parcelada", Damián Herrera, funcionário de 29, planeja adiantar o pagamento ao mecânico de seu carro "caso o preço suba".

Por sua vez, Rosana González, de 48, pediu um adiantamento de salário "para comprar dólares".

A vida dos argentinos está sendo afetada pela instabilidade do mercado financeiro, mas a grande especulação ocorre nas operações milionárias com as quais os Estados Unidos decidiram intervir de forma plena para sustentar as chances eleitorais de seu aliado, o presidente Milei.

A incerteza cresce diante do que pode acontecer no dia seguinte às cruciais eleições legislativas de meio de mandato, em 26 de outubro, nas quais o governo busca fortalecer suas bancadas no Congresso para avançar nas reformas e manter a "motosserra" ligada sobre o gasto público.

"Tenho claro que este momento é difícil (...) estamos no meio do caminho e, por isso, peço um esforço, que não desistam", disse Milei nesta sexta-feira durante um ato de campanha em Buenos Aires.

A consultoria britânica Capital Economics avaliou que, apesar "do impulso temporário" dado à moeda nacional pela intervenção dos Estados Unidos, "na essência, isso não muda o fato de que ela está substancialmente desalinhada — estimamos que [o peso] está sobrevalorizado em aproximadamente 30%".

Desde o início da corrida cambial, em 8 de setembro, após a derrota do governo nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, o peso perdeu 7% em relação ao dólar.

– "Dólares saindo pelas orelhas" –

A taxa de câmbio, que havia fechado na quinta-feira a 1.430 pesos por dólar, caiu para 1.465 pesos após o anúncio do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, sobre uma nova compra de pesos.

"Ontem [quinta-feira], o Tesouro comprou pesos no 'blue chips swap' e no mercado à vista", informou Bessent no X. "Temos capacidade para agir com flexibilidade e força para estabilizar a Argentina", acrescentou.

Um blue chips swap permite a um investidor comprar um ativo estrangeiro — normalmente depreciado — e depois vendê-lo no mercado local a um preço mais alto.

O ataque especulativo continuou nesta sexta-feira. No meio do dia, o peso foi cotado a 1.485 por dólar, a três centavos do teto da banda de flutuação estabelecida pelo governo, e encerrou o dia a 1.475.

"Estamos preparados para o pior", declarou Milei no domingo ao reafirmar o rumo econômico antes de viajar a Washington para se reunir com o presidente Donald Trump na Casa Branca.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que colabora com ambas as partes para "apoiar a estabilidade e o crescimento na Argentina", mas lembrou ao governo da necessidade de acumular reservas.

Em abril, o FMI havia concedido um novo empréstimo de 20 bilhões de dólares (R$ 117 bilhões, na cotação da época) à Argentina, o maior devedor do organismo.

O governo de Trump mostrou-se decidido a apoiar seu aliado, a quem prometeu nesta semana até 40 bilhões de dólares em fundos públicos e privados para enfrentar as turbulências dos mercados, desde que obtenha um bom resultado eleitoral.

"Os dólares vão sair pelas orelhas", previu então Milei.

A inflação — cuja redução em um terço em dois anos é o principal trunfo de Milei — acumulou três meses de alta e registrou 2,1% mensal em setembro, seu maior crescimento desde abril.

A economia mostra sinais de estagnação, com queda no consumo, desaceleração industrial e taxas de juros acima de 100% ao ano.

L.Coleman--TFWP