The Fort Worth Press - Cotação do dólar é imposta com prisões na Venezuela

USD -
AED 3.672501
AFN 66.220612
ALL 82.979885
AMD 381.819762
ANG 1.790055
AOA 917.000101
ARS 1440.253101
AUD 1.50668
AWG 1.80125
AZN 1.70218
BAM 1.680912
BBD 2.014112
BDT 122.196582
BGN 1.6791
BHD 0.376971
BIF 2956.937264
BMD 1
BND 1.296308
BOB 6.909977
BRL 5.46829
BSD 0.999966
BTN 89.902367
BWP 13.320613
BYN 2.904941
BYR 19600
BZD 2.011199
CAD 1.385575
CDF 2230.000016
CHF 0.802902
CLF 0.023566
CLP 924.480072
CNY 7.063603
CNH 7.064895
COP 3840.68
CRC 492.378828
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.767239
CZK 20.82085
DJF 178.068653
DKK 6.412425
DOP 64.407173
DZD 130.11698
EGP 47.640098
ERN 15
ETB 155.765061
EUR 0.85853
FJD 2.271797
FKP 0.750907
GBP 0.75017
GEL 2.690274
GGP 0.750907
GHS 11.479672
GIP 0.750907
GMD 73.498139
GNF 8698.492095
GTQ 7.65512
GYD 209.215881
HKD 7.781885
HNL 26.338701
HRK 6.470896
HTG 130.945219
HUF 329.116018
IDR 16660
ILS 3.233885
IMP 0.750907
INR 89.84785
IQD 1309.973486
IRR 42099.99974
ISK 127.649953
JEP 0.750907
JMD 160.356156
JOD 0.708989
JPY 156.380497
KES 129.249827
KGS 87.449804
KHR 4006.755276
KMF 424.000391
KPW 899.996686
KRW 1469.960347
KWD 0.30703
KYD 0.833323
KZT 518.443715
LAK 21686.498472
LBP 89549.261518
LKR 308.800337
LRD 176.496625
LSL 16.997684
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.442037
MAD 9.242524
MDL 17.024842
MGA 4464.842055
MKD 52.886164
MMK 2100.547962
MNT 3549.355923
MOP 8.015144
MRU 39.879333
MUR 46.249962
MVR 15.405638
MWK 1734.018598
MXN 18.195025
MYR 4.117997
MZN 63.909872
NAD 16.997684
NGN 1454.949869
NIO 36.801643
NOK 10.15218
NPR 143.844405
NZD 1.729311
OMR 0.384492
PAB 0.99997
PEN 3.361996
PGK 4.243104
PHP 59.197499
PKR 282.672545
PLN 3.626975
PYG 6813.718539
QAR 3.645271
RON 4.369003
RSD 100.830101
RUB 78.129674
RWF 1455.478348
SAR 3.75263
SBD 8.230592
SCR 13.465253
SDG 601.499774
SEK 9.323995
SGD 1.295525
SHP 0.750259
SLE 24.098679
SLL 20969.498139
SOS 570.502821
SRD 38.616986
STD 20697.981008
STN 21.056431
SVC 8.750059
SYP 11056.838724
SZL 16.991324
THB 31.839818
TJS 9.249915
TMT 3.51
TND 2.939319
TOP 2.40776
TRY 42.602899
TTD 6.781059
TWD 31.192027
TZS 2451.614003
UAH 42.33461
UGX 3570.139402
UYU 39.190914
UZS 12003.076831
VES 257.606285
VND 26357
VUV 121.920728
WST 2.787809
XAF 563.762156
XAG 0.016558
XAU 0.000238
XCD 2.70255
XCG 1.802259
XDR 0.701561
XOF 563.762156
XPF 102.497991
YER 238.525024
ZAR 16.98921
ZMK 9001.203112
ZMW 23.254994
ZWL 321.999592
Cotação do dólar é imposta com prisões na Venezuela
Cotação do dólar é imposta com prisões na Venezuela / foto: © AFP

Cotação do dólar é imposta com prisões na Venezuela

Prisões, advertências e o retorno do "dólar criminoso" ao discurso do governo: a Venezuela tem pressionado o mercado ilegal de câmbio para conter a crescente diferença da taxa oficial.

Tamanho do texto:

O dólar se tornou a moeda de fato na Venezuela desde 2018, quando o governo de Nicolás Maduro informalmente despenalizou seu uso. Mas não houve uma dolarização formal e, assim, coexistem um dólar "oficial", regulado pelo governo, e um "paralelo".

A sempre flutuante diferença entre os dois mercados começou a aumentar em meados de 2024, quando o Banco Central da Venezuela (BCV) reduziu suas intervenções após meses de estabilidade na taxa e nos preços, coincidindo com a campanha de reeleição de Maduro.

O problema disparou com a decisão dos Estados Unidos de reverter uma flexibilização ao embargo petrolífero no país, que também injetava divisas no mercado.

O "dólar paralelo" chegou a ser cotado entre 25% e 50% acima da taxa do BCV. Essa discrepância, porém, foi momentaneamente reduzida com a detenção de cerca de 25 pessoas que publicavam o valor do "paralelo".

Com as prisões, esses indicadores do preço do dólar paralelo também desapareceram. A confusão sobre o seu verdadeiro valor pode prejudicar o comprador, mas às vezes também quem vende.

- Moeda de fato -

"Aconteceu comigo em uma loja de ferragens, a compra custava no total 60 dólares, e se eu pagasse em bolívares saía quase 86 no câmbio” oficial, contou Eleazar Armas, um segurança de 52 anos. "Quando pedi a explicação (...) me disseram que era isso que valia o dólar."

"Se você analisar é uma diferença (...), eu perco como comerciante", explica por outro lado à AFP Nelson Martínez, comerciante de 30 anos.

Na Venezuela, o pagamento em dinheiro normalmente é feito em dólares, embora a disparidade cambial tenha levado as pessoas a venderem divisas para pagar com bolívares mais baratos.

Os comércios são obrigados a cobrar na taxa oficial, mas alguns usavam o paralelo. Outros faziam uma média entre o oficial e o paralelo ou tinham como referência a taxa do euro, que é mais alta.

Há também quem ofereça um desconto de até 25% se o pagamento for feito em dinheiro vivo ou transferência bancária em dólares. O sistema de envio de dinheiro americano Zelle é muito popular na Venezuela.

- Operação "silenciosa" -

O mercado ilegal surgiu na Venezuela à sombra de um rígido controle cambial que esteve em vigor por 15 anos. As autoridades detiveram, em 2016, o dono de um site que cotava o dólar paralelo e, nos anos seguintes, mais prisões se seguiram.

O ministro do Interior, o poderoso Diosdado Cabello, explicou no último 28 de maio que uma investigação "silenciosa" levou às prisões desses mais de 20 supostos responsáveis por estabelecer o câmbio paralelo em portais da internet agora desaparecidos.

O dono de uma plataforma de criptomoedas, que também servia como referência para o dólar, publicou um vídeo anunciando o encerramento das operações e dizendo que estava "arrependido". Ele garantiu que "de forma alguma" buscou "promover a especulação sobre o dólar paralelo".

A diferença entre as cotações "não vai desaparecer da noite para o dia", apontou Aaron Olmos, economista da prestigiosa escola de negócios IESA.

"Pode tender a diminuir" após as prisões, mas "os comerciantes e as pessoas vão buscar uma forma alternativa".

- "Dólar criminoso" -

A diferença cambial abre caminho para mais inflação, fantasma frequente na economia da Venezuela.

Maduro culpava o "dólar criminoso" pela profunda crise, com sete anos de recessão e quatro de hiperinflação. Foi a mesma moeda que depois qualificou como "válvula de escape" à dura realidade agravada com as sanções ao petróleo.

Em março, quando a diferença aumentava, ele voltou a atacar o "dólar de guerra", um "velho inimigo da economia venezuelana".

"A tentativa de controlar referências cambiais eliminando sites (...) não corrige nem a escassez nem as expectativas", afirmou o economista Luis Vicente León.

O fim das intervenções do BCV "permitiu aumentar reservas, mas ao mesmo tempo contribuiu para uma maior desvalorização do bolívar".

D.Ford--TFWP