The Fort Worth Press - Banco Central interrompe ciclo de cortes e mantém Selic em 10,50%

USD -
AED 3.672504
AFN 66.265317
ALL 82.40468
AMD 381.537936
ANG 1.790403
AOA 917.000367
ARS 1449.250402
AUD 1.508523
AWG 1.8025
AZN 1.70397
BAM 1.670125
BBD 2.014261
BDT 122.309039
BGN 1.670704
BHD 0.377951
BIF 2957.004398
BMD 1
BND 1.292857
BOB 6.910892
BRL 5.541304
BSD 1.000043
BTN 89.607617
BWP 14.066863
BYN 2.939243
BYR 19600
BZD 2.011357
CAD 1.37965
CDF 2558.50392
CHF 0.79556
CLF 0.023213
CLP 910.640396
CNY 7.04095
CNH 7.033604
COP 3808
CRC 499.466291
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.159088
CZK 20.779904
DJF 178.088041
DKK 6.380104
DOP 62.644635
DZD 130.069596
EGP 47.704197
ERN 15
ETB 155.362794
EUR 0.853804
FJD 2.283704
FKP 0.747615
GBP 0.747496
GEL 2.68504
GGP 0.747615
GHS 11.486273
GIP 0.747615
GMD 73.000355
GNF 8741.72751
GTQ 7.663208
GYD 209.231032
HKD 7.78155
HNL 26.346441
HRK 6.434404
HTG 131.121643
HUF 330.190388
IDR 16697
ILS 3.20705
IMP 0.747615
INR 89.57735
IQD 1310.106315
IRR 42100.000352
ISK 125.630386
JEP 0.747615
JMD 160.018787
JOD 0.70904
JPY 157.75804
KES 128.909953
KGS 87.450384
KHR 4013.492165
KMF 420.00035
KPW 900.011689
KRW 1475.760383
KWD 0.30723
KYD 0.83344
KZT 517.535545
LAK 21660.048674
LBP 89556.722599
LKR 309.636651
LRD 177.012083
LSL 16.776824
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.420776
MAD 9.166901
MDL 16.930959
MGA 4548.055164
MKD 52.559669
MMK 2100.050486
MNT 3553.222489
MOP 8.015542
MRU 40.023056
MUR 46.150378
MVR 15.450378
MWK 1734.170189
MXN 18.033704
MYR 4.077039
MZN 63.903729
NAD 16.776824
NGN 1460.160377
NIO 36.804577
NOK 10.138704
NPR 143.372187
NZD 1.737016
OMR 0.385423
PAB 1.000043
PEN 3.367832
PGK 4.254302
PHP 58.571038
PKR 280.195978
PLN 3.59225
PYG 6709.363392
QAR 3.641038
RON 4.335404
RSD 100.004038
RUB 80.695957
RWF 1456.129115
SAR 3.750651
SBD 8.146749
SCR 15.161607
SDG 601.503676
SEK 9.268304
SGD 1.293304
SHP 0.750259
SLE 24.050371
SLL 20969.503664
SOS 570.513642
SRD 38.441504
STD 20697.981008
STN 20.921395
SVC 8.750267
SYP 11058.582789
SZL 16.774689
THB 31.425038
TJS 9.215661
TMT 3.5
TND 2.927287
TOP 2.40776
TRY 42.746504
TTD 6.787925
TWD 31.518904
TZS 2495.196618
UAH 42.285385
UGX 3577.131634
UYU 39.263908
UZS 12022.543871
VES 282.15965
VND 26312.5
VUV 120.938943
WST 2.787822
XAF 560.144315
XAG 0.014892
XAU 0.000231
XCD 2.70255
XCG 1.8024
XDR 0.69664
XOF 560.144315
XPF 101.840229
YER 238.403589
ZAR 16.77901
ZMK 9001.203584
ZMW 22.626703
ZWL 321.999592
Banco Central interrompe ciclo de cortes e mantém Selic em 10,50%
Banco Central interrompe ciclo de cortes e mantém Selic em 10,50% / foto: © AFP

Banco Central interrompe ciclo de cortes e mantém Selic em 10,50%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve, nesta quarta-feira (19), a Selic, sua taxa básica de juros, em 10,50%, interrompendo um ciclo de sete cortes consecutivos que começou em agosto do ano passado.

Tamanho do texto:

A decisão, esperada pelo mercado, é uma má notícia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde que tomou posse em 2023 tem pressionado por uma queda acelerada da Selic no intuito de impulsionar o crescimento econômico.

Ao anunciar o fim do ciclo de cortes, o Copom explicou em comunicado que "o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela".

A decisão foi tomada por unanimidade pelos nove membros do Copom, após uma reunião de dois dias.

No nível definido nesta quarta-feira, o Brasil continua na segunda posição do ranking global das maiores taxas de juros reais (descontando a inflação projetada para 12 meses), atrás apenas da Rússia, segundo o site MoneYou.

Em sua última reunião em maio, o Copom já havia diminuído o ritmo dos cortes, ao reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual. Nas reuniões anteriores, os cortes haviam sido de 0,50.

A Selic manteve-se inalterada em 13,75% por um ano até agosto de 2023, quando o Banco Central começou um ciclo de sete reduções consecutivas, em meio à incessante pressão do governo e uma inflação que se moderava. Foi a primeira redução em três anos.

- Aumento da inflação -

O fim do ciclo de redução foi previsto pelo mercado, segundo a imensa maioria das 132 instituições financeiras e consultoras entrevistadas pelo jornal econômico Valor, que apontaram para o resultado que finalmente se concretizou com uma taxa sem alterações.

Há um mês, os agentes financeiros esperavam que novas reduções levariam a Selic a 10% ao final do ano.

Mas analistas explicam que as expectativas esfriaram devido às preocupações com a situação fiscal no Brasil e dúvidas sobre o compromisso do Banco Central na luta contra a inflação.

Para o especialista em investimentos e finanças pessoais Renan Diego, a instabilidade política no Brasil, o estancamento da taxa de juros nos Estados Unidos e os conflitos geopolíticos criam "uma perspectiva no mercado de que a inflação volte a subir em 2025".

"Portanto, o Banco Central não vai deixar a taxa Selic cair muito agora para depois ter que aumentá-la novamente", acrescentou.

A política de juros altos implementada para controlar os preços encarece o crédito e desestimula o consumo e o investimento, contribuindo assim para conter a inflação.

Em maio, a inflação no Brasil foi de 3,93% em 12 meses, a primeira alta após sete quedas consecutivas.

O aumento dos preços deveu-se em parte às inundações históricas que devastaram o sul do país, com forte impacto na produção de alguns alimentos.

Apesar desse aumento, a inflação em 12 meses manteve-se dentro da margem de tolerância - entre 1,5% e 4,5% - fixado pelo Banco Central.

Os analistas e agentes financeiros consultados na pesquisa Focus esperam que os preços continuem subindo e estimam que a inflação fechará em 3,96% no final deste ano.

Lula insiste que "a inflação está controlada" e que "não tem explicação a taxa de juros estar como está".

"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país", afirmou o presidente na terça-feira em entrevista à rádio CBN.

A economia do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre, após dois trimestres de estagnação.

T.Harrison--TFWP