The Fort Worth Press - Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country

USD -
AED 3.672495
AFN 66.340342
ALL 82.106419
AMD 381.544224
ANG 1.790403
AOA 917.000022
ARS 1450.299496
AUD 1.510665
AWG 1.8
AZN 1.703248
BAM 1.664936
BBD 2.016864
BDT 122.371669
BGN 1.668898
BHD 0.376967
BIF 2969.098493
BMD 1
BND 1.291053
BOB 6.919213
BRL 5.519501
BSD 1.001366
BTN 91.000255
BWP 13.225504
BYN 2.934549
BYR 19600
BZD 2.01397
CAD 1.377435
CDF 2249.999879
CHF 0.798402
CLF 0.023303
CLP 914.179454
CNY 7.04195
CNH 7.041702
COP 3840.98
CRC 499.702052
CUC 1
CUP 26.5
CVE 93.866519
CZK 20.797551
DJF 178.318627
DKK 6.375545
DOP 64.339831
DZD 129.425966
EGP 47.489733
ERN 15
ETB 155.450668
EUR 0.85337
FJD 2.279503
FKP 0.747395
GBP 0.75018
GEL 2.694977
GGP 0.747395
GHS 11.516132
GIP 0.747395
GMD 73.50203
GNF 8707.755172
GTQ 7.668341
GYD 209.500298
HKD 7.77845
HNL 26.382906
HRK 6.428503
HTG 131.139865
HUF 330.190074
IDR 16690
ILS 3.223602
IMP 0.747395
INR 90.389011
IQD 1311.829879
IRR 42122.499737
ISK 126.289664
JEP 0.747395
JMD 160.721886
JOD 0.708984
JPY 155.495499
KES 128.906428
KGS 87.450006
KHR 4009.534349
KMF 419.999485
KPW 900.00025
KRW 1477.949943
KWD 0.30683
KYD 0.834514
KZT 516.168027
LAK 21694.993168
LBP 89673.319457
LKR 309.986848
LRD 177.245254
LSL 16.816195
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.425238
MAD 9.163701
MDL 16.863101
MGA 4523.708181
MKD 52.513695
MMK 2099.766038
MNT 3546.841984
MOP 8.023955
MRU 39.714821
MUR 46.049697
MVR 15.410013
MWK 1736.358219
MXN 17.97498
MYR 4.088502
MZN 63.910274
NAD 16.816195
NGN 1455.259855
NIO 36.851962
NOK 10.20542
NPR 145.600579
NZD 1.730985
OMR 0.384486
PAB 1.001362
PEN 3.373202
PGK 4.257257
PHP 58.686502
PKR 280.63591
PLN 3.59871
PYG 6726.001217
QAR 3.65106
RON 4.347602
RSD 100.163825
RUB 80.700373
RWF 1457.989274
SAR 3.751371
SBD 8.163401
SCR 13.492494
SDG 601.495332
SEK 9.332435
SGD 1.292725
SHP 0.750259
SLE 23.802097
SLL 20969.503664
SOS 572.316336
SRD 38.677988
STD 20697.981008
STN 20.856389
SVC 8.762274
SYP 11058.470992
SZL 16.801808
THB 31.520987
TJS 9.202605
TMT 3.51
TND 2.924236
TOP 2.40776
TRY 42.723598
TTD 6.793253
TWD 31.456982
TZS 2471.451014
UAH 42.230357
UGX 3565.165574
UYU 39.17596
UZS 12141.823444
VES 273.244096
VND 26333
VUV 121.461818
WST 2.779313
XAF 558.403848
XAG 0.015194
XAU 0.000231
XCD 2.70255
XCG 1.804724
XDR 0.694475
XOF 558.406225
XPF 101.523793
YER 238.350136
ZAR 16.75468
ZMK 9001.199112
ZMW 23.006823
ZWL 321.999592
Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country
Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country / foto: © AFP

Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country

A artista Julie Williams, uma mulher preta do sul dos Estados Unidos, canta sobre a tentativa de fazer sucesso em Nashville, a capital do country - um estilo dominado por brancos. Ela acredita que Beyoncé consiga mudar esse cenário e abrir caminhos.

Tamanho do texto:

Beyoncé lançou na sexta-feira (29) seu primeiro álbum country, "Cowboy Carter", um projeto que tem chamado a atenção para a longa história dos artistas negros no estilo musical, e que enfatiza os esforços para mudar a narrativa de uma indústria majoritariamente masculina e branca, a fim de criar uma Nashville mais inclusiva.

"Quando você vê alguém que está no topo de sua arte e está arrasando, e você pensa: 'Nossa, isso poderia ser eu', é muito emocionante", contou Williams à AFP.

Por isso, a cantora acredita que o disco de Beyoncé seja um "momento histórico para colocar o country negro em destaque".

Williams é uma das cerca de 200 artistas associados ao Black Opry, um coletivo que há três anos apresenta e amplifica as vozes de artistas negros que trabalham em gêneros como country e folk.

"Sempre fui uma grande fã de música country e sempre me senti isolada nessa experiência. Especialmente como mulher negra queer, não vemos muita representatividade, nem nos artistas, nem nos fãs, nem no material de marketing", explicou a fundadora do Black Opry, Holly G.

"Quando comecei com o Black Opry, percebi que todos nós estamos nisso, só que não temos a mesma plataforma nem as mesmas oportunidades que alguns de nossos colegas brancos", defendeu.

- Resistência à mudança -

O nome do coletivo é uma referência direta ao Grand Ole Opry, o quase centenário espaço de apresentações country cuja história complicada foi marcada por intérpretes negros, mas que ao longo do tempo também se destacou por artistas e líderes políticos ligados a ideologias racistas.

A marginalização de artistas pretos na música country ganhou importância após o álbum de Beyoncé, diz Charles Hughes, autor do livro "Country Soul: Making Music and Making Race in the American South" (Alma do Country: Fazendo Música e Fazendo Cor na América do Sul, em tradução livre).

Hughes espera que o "efeito Beyoncé" lance os músicos e compositores do gênero que têm trabalhado arduamente para "abrir portas".

O country é um estilo musical essencialmente americano, com influências africanas: o banjo, por exemplo, surgiu de instrumentos trazidos para a América e o Caribe pelos escravizados no século XVII.

No entanto, o country contemporâneo desenvolveu uma imagem predominantemente branca, machista e conservadora, e os líderes da indústria resistem à mudança.

No início do século XX, a indústria musical adotou rótulos para catalogar as músicas nos rankings de mais ouvidas, como "hillbilly" (caipira) para a música feita por brancos e "race records" (gravações de cor) para a música americana de raízes pretas, classificações que mais tarde evoluíram como country e R&B, respectivamente.

"Essa separação inicial era baseada apenas na cor da pele, e não no som da música", afirma Holly G.

As divisões permanecem até os dias atuais, o que significa que os músicos negros - e especialmente as mulheres negras, já que para as artistas femininas em geral é muito mais difícil ter sucesso nas rádios country - enfrentam enormes obstáculos para entrar na corrente dominante.

"A música pode soar exatamente igual à das outras pessoas na rádio, e eles me dizem: 'A sua não é country'", explica à AFP Prana Supreme, integrante do duo de country mãe-filha O.N.E. The Duo.

"Minha esperança é que, daqui a alguns anos, a menção da raça de um artista, no que diz respeito ao lançamento de gêneros musicais, seja irrelevante", declarou Beyoncé recentemente.

Mas Holly G não acredita em uma mudança na indústria até acontecer. Ela acha que "Beyoncé é uma das celebridades mais poderosas do mundo. E ela foi capaz de aproveitar isso para ter sucesso neste espaço".

"Mas acho que isso se deve ao fato de que a indústria se sente intimidada por Beyoncé", pontuou, "não porque estejam abertos a apoiar mulheres negras".

A.Nunez--TFWP