The Fort Worth Press - A difícil luta contra o derramamento de sangue nas estradas peruanas

USD -
AED 3.672897
AFN 65.490753
ALL 81.794985
AMD 381.549843
ANG 1.790403
AOA 916.999898
ARS 1450.481496
AUD 1.494914
AWG 1.80025
AZN 1.702765
BAM 1.6575
BBD 2.013432
BDT 122.154613
BGN 1.66066
BHD 0.37705
BIF 2960
BMD 1
BND 1.284524
BOB 6.932438
BRL 5.541403
BSD 0.999682
BTN 89.664904
BWP 13.157962
BYN 2.900413
BYR 19600
BZD 2.010577
CAD 1.37114
CDF 2199.999879
CHF 0.789196
CLF 0.023133
CLP 907.510054
CNY 7.028503
CNH 7.01909
COP 3751.5
CRC 494.342981
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.00021
CZK 20.638197
DJF 177.720027
DKK 6.345303
DOP 62.449943
DZD 129.778981
EGP 47.476202
ERN 15
ETB 155.35009
EUR 0.84948
FJD 2.289502
FKP 0.743131
GBP 0.74215
GEL 2.685004
GGP 0.743131
GHS 11.484997
GIP 0.743131
GMD 74.501286
GNF 8737.498083
GTQ 7.658669
GYD 209.142683
HKD 7.77796
HNL 26.349866
HRK 6.4011
HTG 131.004441
HUF 331.945002
IDR 16755
ILS 3.18618
IMP 0.743131
INR 89.44495
IQD 1310
IRR 42125.000176
ISK 125.720308
JEP 0.743131
JMD 159.859996
JOD 0.709025
JPY 156.313499
KES 128.901324
KGS 87.450201
KHR 4010.00015
KMF 418.999786
KPW 899.961009
KRW 1482.115012
KWD 0.30717
KYD 0.833072
KZT 509.237601
LAK 21635.000123
LBP 89600.000117
LKR 309.455709
LRD 177.501602
LSL 16.729936
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.424996
MAD 9.13875
MDL 16.824157
MGA 4547.49911
MKD 52.289053
MMK 2099.845274
MNT 3553.409727
MOP 8.008746
MRU 39.759568
MUR 46.150149
MVR 15.459887
MWK 1736.999675
MXN 17.929515
MYR 4.064032
MZN 63.904156
NAD 16.730325
NGN 1460.230067
NIO 36.789227
NOK 10.051885
NPR 143.464185
NZD 1.715371
OMR 0.38449
PAB 0.999695
PEN 3.366501
PGK 4.25025
PHP 58.747499
PKR 280.149982
PLN 3.586215
PYG 6811.190115
QAR 3.6411
RON 4.323801
RSD 99.74979
RUB 78.002667
RWF 1452
SAR 3.750706
SBD 8.146749
SCR 15.082496
SDG 601.485115
SEK 9.18423
SGD 1.28563
SHP 0.750259
SLE 24.050176
SLL 20969.503664
SOS 571.492332
SRD 38.320396
STD 20697.981008
STN 21.25
SVC 8.746833
SYP 11056.89543
SZL 16.704995
THB 31.130019
TJS 9.197007
TMT 3.5
TND 2.894985
TOP 2.40776
TRY 42.824203
TTD 6.800231
TWD 31.453499
TZS 2471.723964
UAH 42.094291
UGX 3611.971542
UYU 39.043366
UZS 12002.500714
VES 285.095799
VND 26331
VUV 121.541444
WST 2.783984
XAF 555.909896
XAG 0.014114
XAU 0.000223
XCD 2.70255
XCG 1.801671
XDR 0.692794
XOF 558.502526
XPF 101.87505
YER 238.503975
ZAR 16.698797
ZMK 9001.197326
ZMW 22.592291
ZWL 321.999592
A difícil luta contra o derramamento de sangue nas estradas peruanas
A difícil luta contra o derramamento de sangue nas estradas peruanas / foto: © AFP/Arquivos

A difícil luta contra o derramamento de sangue nas estradas peruanas

"Nada será igual com sua família em um caixão". Elmer Cornelio perdeu a esposa, dois filhos e dois irmãos em um passeio de domingo. A caminhonete em que viajavam foi atingida por um ônibus, em um dos muitos acidentes nas estradas do Peru.

Tamanho do texto:

Ônibus caídos em abismos, colisões frontais de veículos, faixas invadidas... As cenas se repetem principalmente aos finais de semana.

Entre 2021 e 2023, houve uma média anual de 3.000 mortes nas estradas, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária do Ministério dos Transportes (ONSV), que relaciona a alta dos acidentes a três causas principais: imprudência ao volante, excesso de velocidade e embriaguez.

Até o início de maio, 970 pessoas haviam morrido nas estradas. E ainda faltam a temporada de férias escolares e vários feriados, incluindo os de final de ano, quando os sinistros costuma aumentar.

No Peru, a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito foi de 14 pessoas por 100.000 habitantes em 2019, em comparação com a média de 17 vítimas por 100.000 nas Américas, segundo o Banco Mundial.

Em 2023, foram registrados oficialmente 87.172 acidentes, que resultaram em 3.138 mortes.

Os esforços das autoridades para melhorar a fiscalização conseguiram reduzir a taxa para 9,5 mortes por 100.000 habitantes no ano passado, mas o derramamento de sangue nas estradas continua.

- "Jamais nos recuperaremos" -

Cornelio perdeu sua família em março. Um ônibus invadiu a faixa contrária da rodovia Panamericana e colidiu com a caminhonete familiar, a 147 km ao norte de Lima.

Este agricultor de 36 anos estava à frente em outro veículo com alguns trabalhadores. Sua esposa, seus dois filhos, dois irmãos e uma cunhada jamais chegaram ao local de encontro.

"Meu coração se partiu, jamais nos recuperaremos disso. Agora nos resta um vazio", conta com a voz embargada à AFP.

No mês passado, em apenas quatro acidentes houve 60 mortes, um número não incluído no balanço até o início de maio.

"Embora seja verdade que existam fatores que contribuem, como o clima, o estado de um veículo ou de uma estrada, o fator humano é predominante e determinante", afirma à AFP Larry Ampuero, porta-voz da Superintendência de Transporte (Sutran).

Segundo esse órgão, 70% dos acidentes ocorrem em cidades e 30% em estradas.

"Há informalidade por falta de fiscalização, mas também não há uma boa rede viária, temos uma infraestrutura em mau estado e falta de manutenção", afirmou por sua vez Martín Ojeda, gerente do sindicato de transporte interprovincial à rádio RPP.

- Cansaço fatal -

O fator humano está relacionado em muitos casos ao cansaço dos motoristas do serviço de transporte público. A lei estabelece um limite de dez horas diárias para que conduzam ônibus.

"Os motoristas geralmente sofrem de sonolência ou cansaço porque trabalham mais horas do que o permitido", diz à AFP Luis Quispe, diretor da Luz Ámbar, uma ONG que estuda o fenômeno do alto índice de acidentes.

O sindicato de serviço interprovincial afirma que cumpre as normas e que cada ônibus viaja com um motorista substituto, algo que os condutores questionam.

"A culpa é de certos fatores, tanto do motorista quanto da empresa que nos faz trabalhar muitas horas, praticamente 24 horas", afirma à AFP o motorista de ônibus Julio Camarena.

"Também tem a ver com o estado das estradas, que é péssimo a nível nacional, diríamos na maioria delas", acrescenta Camarena, de 51 anos, no terminal de ônibus de Yerbateros em Lima.

- Negligência estatal? -

Por sua vez, a Associação de Vítimas de Acidentes de Trânsito (Aviactran) aponta a indolência das autoridades e a falta de justiça como os maiores problemas nas estradas.

"O Estado não se preocupa com o aumento dos acidentes, não quer resolver o problema", afirma à AFP Carlos Villegas, presidente desta organização.

Segundo Villegas, houve "mais de 36.000 acidentes" até o momento em 2024.

"As autoridades são responsáveis por todos os acidentes de trânsito, por isso vamos processá-las judicialmente", enfatiza.

Ele acrescenta que 80% das vítimas de acidentes não recebem justiça em suas ações contra empresas e autoridades devido à "corrupção" do sistema.

"Nos sentimos muito decepcionados com o Estado", lamenta Villegas, que criou a Aviactran porque um médico que dirigia alcoolizado feriu gravemente seu filho de nove anos em 2006.

A.Maldonado--TFWP